17 de dez. de 2013

Desafio 1: Um Escândalo na Boêmia


Olá, alunos. Como estão? Espero que tenham aproveitado as nossas atividades de forma divertida e que tenham absorvido o aprendizado com o nosso detetive genial.
Trouxe aqui uma síntese de todos os passos do nosso desafio de forma organizada para que vocês possam responder adequadamente. Desde já, desejo que façam um bom trabalho. Abraços.
Obs: Clique sobre a atividade ou material extra que deseja ver primeiro.

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Boa sorte e até a próxima!


Conhecendo o narrador das histórias de Sherlock Holmes


A função do narrador é contar a história. Isto é o que Watson, o fiel amigo de Sherlock Holmes faz, narrando em 1ª pessoa. Ele é um narrador-testemunha, ou seja, além de narrar os fatos, ele também participa da história, criando a sensação de que tudo o que contou foi o que realmente aconteceu.

Veja várias roupagens que esta personagem recebeu ao longo dos anos no cenário cinematográfico.





Atividade 5: a carta


4° Fragmento do texto : Um Escândalo na Boêmia

Dormi na Baker Street naquela noite, e estávamos tomando o nosso café com torradas quando entrou apressadamente o rei da Boêmia.
— O senhor a apanhou realmente? — gritou ele, segurando os ombros de Holmes e olhando-o, aflito.
— Ainda não.
— Mas tem esperanças de apanhá-la?
— Tenho.
— Então vamos, estou impaciente por partir.
— Precisamos de um coche.
— Não, meu carro está à espera.
— Isso simplifica bastante o caso.
Descemos e mais uma vez fomos à Vila Briony.
— Irene Adler está casada — disse Holmes.
— Quando se casou?
— Ontem.
— Mas com quem?
— Com um advogado inglês chamado Norton.
— Mas ela não o ama!
— Espero que sim.
— E por que espera o senhor que sim?
— Porque com isso pouparemos muitos temores no futuro a Vossa Majestade. Se a esposa ama o marido, não ama Vossa Majestade, e assim não há razão para interferir nos seus planos.
— Isso é verdade, todavia… Bem, gostaria que ela fosse da minha raça e posição. Que elegante rainha teria sido! — Calou-se, e o silêncio continuou até que paramos na Serpentine Avenue.
A porta da Vila Briony estava aberta, e uma senhora idosa encontrava-se nos degraus. Fitou-nos quando descemos do carro e em voz sarcástica perguntou:
— Sr. Sherlock Holmes, creio?
— Sim, sou o sr. Holmes — respondeu o meu companheiro, olhando surpreso para ela.
— Deveras! Minha patroa disse que talvez o senhor viesse fazer-lhe uma visita. Ela foi embora com o marido hoje de manhã, no trem que parte às cinco e quinze de Charing Cross para o continente.
— O quê? A senhora quer dizer que ela deixou a Inglaterra? — exclamou Holmes, surpreso e desapontado.
— Sim, e nunca mais voltará.
— E os papéis? — perguntou o rei. — Então está tudo perdido.
— Vamos ver. — Holmes entrou bruscamente na casa e dirigiu-se à sala, seguido pelo rei e por mim. A mobília estava em desordem, as gavetas, abertas como se a senhora as tivesse esvaziado para fugir. Holmes foi direto à corda da campainha e abriu a portinhola do armário. Enfiando a mão dentro dele, de lá retirou um retrato e uma carta. O retrato era de Irene Adler em traje de soirée. A carta estava endereçada a “Sherlock Holmes, para ser entregue quando procurada por ele”. Meu amigo abriu-a e nós a lemos juntos. Estava datada da meia-noite do dia anterior e dizia:
“Meu caro Sherlock Holmes,
O senhor realmente representou muito bem a farsa e enganou-me completamente; até depois do alarme de ‘fogo’ não tive a menor suspeita. Mas quando percebi que me havia traído, comecei a pensar. Eu tinha sido avisada contra o senhor há tempos, e sabia que, se o rei empregasse qualquer agente, haveria certamente de ser o senhor. Deram-me o seu endereço, e, apesar de tudo, o senhor fez com que eu me traísse e assim ficou sabendo o que queria descobrir. Mas depois de ter tido suspeitas, achei difícil pensar mal de um velho e bondoso clérigo. Mas, não se esqueça, também sou atriz experiente. Roupa masculina não é novidade para mim, e muitas vezes me aproveito da liberdade que ela me proporciona. Mandei John, o cocheiro, vigiá-lo, subi para o quarto, vesti a roupa de passeio, como a chamo, e desci logo depois que o senhor saiu. Bem, segui-o então até sua porta, para ter a certeza de que verdadeiramente eu era objeto de interesse para Sherlock Holmes. Aí, um tanto imprudentemente, saudei-o com um ‘boa-noite’ e fui até o foro ver meu marido. Ambos achamos que a melhor coisa a fazer seria a fuga, quando perseguidos por tão notável antagonista: por isso, encontrará o ninho vazio ao chegar aqui amanhã. Quanto à fotografia, seu cliente pode ficar descansado, sou amada e adorada por um homem muito melhor do que ele. O rei pode fazer o que quiser, que não será incomodado por uma pessoa que ele injuriou cruelmente. Guardarei a fotografia somente para minha segurança, e para conservar uma arma que sempre me há de salvaguardar de qualquer cilada que ele possa armar no futuro. Deixo outra fotografia — talvez ele a queira possuir —, e sou, caro Sherlock Holmes,
muito sinceramente,
Irene Norton, née Adler.”
— Que mulher! Oh, que mulher! — gritou o rei da Boêmia, quando acabamos de ler. — Eu não lhes disse que era esperta e decidida? Pena que não seja da minha posição!
— Minha dedução disto tudo é que ela parece ser de um nível muito diferente do de Vossa Majestade — disse Holmes friamente. — Sinto não ter podido dar aos seus negócios uma conclusão mais satisfatória.
— Pelo contrário, meu caro senhor — disse o rei —, nada poderia ser melhor. Sei que a palavra dela é inviolável. A fotografia agora está tão segura como se tivesse sido atirada ao fogo.
— Regozijo-me que Vossa Majestade diga isso!
— Devo-lhe muito, senhor. Diga-me de que modo posso recompensá-lo. Este anel… — e tirou do dedo um anel de esmeraldas que colocou na palma da mão.
— Vossa Majestade tem uma coisa a que eu daria mais valor ainda — disse Holmes.
— O senhor a terá, diga o que é.
— Esta fotografia.
— A fotografia de Irene! — exclamou ele. — Com certeza, se a deseja.
— Agradeço a Vossa Majestade. Não há nada mais a dizer sobre o assunto. Tenho a honra de desejar-lhe um muito bom dia. — Curvou-se e, virando-se, sem reparar na mão que o rei lhe estendia, saiu comigo em direção ao seu apartamento.
E foi assim que o reino da Boêmia foi ameaçado por um grande escândalo e que os melhores planos de Sherlock Holmes foram frustrados pela sagacidade de uma mulher. Ele antigamente zombava da esperteza das mulheres, mas ultimamente não o tenho ouvido dizer mais nada. E quando se refere àquele retrato, é sempre sob o título honroso de a mulher.
Leia o texto na íntegra aqui
Perguntas:
1. O que você achou do final do conto? Por quê?
2. Em que as atitudes de Irene foram parecidas com as de Holmes?
3. Que atitude de Holmes mostra o quanto ele passou a valorizar Irene?
4. Somente no final o narrador explicita aquilo que o bom leitor já tinha percebido por meio da análise das falas de Holmes: "Ele antigamente zombava da esperteza das mulheres".
  • Por que você acha que ele não falou isso antes?
Fonte: Perguntas retiradas do ivro Singular e Plural, Editora Moderna

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Atividade 4: a estratégia de Sherlock


3° Fragmento do texto : Um Escândalo na Boêmia


— Depois que a sra. Turner trouxer a bandeja, explico-lhe tudo. Agora — disse ele, enquanto se virava para comer a comida simples que a hospedeira havia trazido —, preciso falar enquanto como, porque temos pouco tempo. São quase dezessete horas, e dentro de duas horas devemos estar em ação. A srta. Irene, isto é, sra. Norton, volta sempre do seu passeio às dezenove horas; temos de estar na Vila Briony à espera dela.
— E depois?
— Deixe isso por minha conta. Já resolvi o que se deve fazer. Há somente um ponto em que preciso insistir, Você não deve interferir, seja qual for o resultado. Compreende?
— Tenho de ficar neutro?
— E não fazer nada, absolutamente nada. Talvez surjam alguns aborrecimentos, mas não se meta; hão de acabar por me levar para dentro de casa. Quatro ou cinco minutos depois abrirão a janela da sala, e você deve colocar-se bem embaixo dela.
— Está bem.
— Fique olhando para mim, porque poderá ver-me lá de fora.
— Muito bem!
— Quando eu levantar a mão, assim, você atirará para dentro aquilo que vou lhe dar, e ao mesmo tempo dará o alarme de “fogo”. Está entendido?
— Perfeitamente.
— Não é nada de perigoso — prosseguiu ele, tirando do bolso um objeto em feitio de charuto —, é simplesmente um rojão comum que os encanadores usam, selado em cada ponta para torná-lo automático. Seu trabalho é apenas esse. Quando gritar “fogo”, várias pessoas repetirão o grito. Então vá até o fim da rua, onde irei ter com você dentro de dez minutos. Posso estar certo de que esclareci bem tudo?
— Permaneço neutro e aproximo-me da janela para olhar para você e, ao ver o tal sinal, lanço janela adentro este objeto, dou alarme de incêndio e vou esperá-lo na esquina da rua.
— Justamente.
— Então pode contar comigo.
— Excelente. Creio que já está na hora de me preparar para a parte que me cabe.
Sidney Paget, cortesia The Camden House
Sidney Paget, cortesia The Camden House
Desapareceu no quarto, e poucos minutos depois voltou vestido como um amável sacerdote. O chapéu preto de aba larga, as amplas calças, a gravata branca, o sorriso simpático e uma aparência geral de curiosidade benevolente e compenetrada eram tais que só o sr. John Hare os poderia ter igualado. Não era apenas que Holmes tivesse trocado de roupa; sua expressão, seu modo, sua própria alma pareciam transformar-se em cada novo papel que representava. O palco perdeu um excelente ator, assim como a ciência perdeu um ativo investigador quando ele se tornou especialista em criminologia.
Eram dezoito horas e trinta quando partimos da Baker Street. Faltavam ainda dez minutos para a hora marcada quando chegamos à Serpentine Avenue. Já era a hora do lusco-fusco, e as lâmpadas das ruas começavam a ser acesas enquanto passávamos em frente da Vila Briony, à espera da sua moradora. Era uma casa igual à que eu tinha imaginado pela descrição sucinta que Holmes me havia feito, mas o local não era tão isolado como eu esperava. Pelo contrário, para uma rua pequena com vizinhança sossegada, achei-a muito animada. Havia um grupo de homens pobremente vestidos, fumando e rindo numa esquina, um amolador de facas com sua maquineta, dois guardas namorando uma empregada e diversos jovens bem-vestidos que caminhavam descuidadamente, de charuto na boca.
— Como vê — disse Holmes, enquanto passávamos em frente à casa —, este casamento simplifica um pouco o caso. Agora a fotografia torna-se uma arma de dois gumes. Talvez Irene seja contra a divulgação da fotografia, pois se for vista por Godfrey Norton, o caso é igual ao do nosso cliente, isto é, é como se fosse vista pela princesa. Agora a questão é esta: onde encontraremos a fotografia?
— É mesmo, onde a encontraremos?
— Ela não deve trazê-la consigo, porque é de um tamanho grande. Grande demais para ser escondida na roupa de uma mulher. Ela também sabe que o rei é capaz de lhe armar uma emboscada e mandar examinar tudo o que leva. De fato, já fizeram isso por duas vezes. Portanto, sabemos que não a traz consigo.
— Mas, então, onde a deixa?
— Entregue ao banqueiro ou ao advogado. Há essa dupla possibilidade. Mas não acredito nela. As mulheres são muito dissimuladas e têm uma forma particular de guardar segredos. Por que haveria ela de entregar a fotografia a outra pessoa, se se sente competente para guardá-la? Além disso, não se esqueça de que ela pretende utilizar a fotografia daqui a poucos dias. Deve estar onde possa ser apanhada facilmente. Deve estar em sua própria casa.
— Mas já tentaram roubá-la duas vezes.
— Que importa! Não souberam procurar.
— Mas como você vai procurá-la?
— Eu não vou.
— Então o que pretende fazer?
— Vou fazer com que ela me mostre onde está.
— Ela se recusaria a isso, com certeza.
— Não será possível. Mas, escute, ouço o rodar do carro dela. Agora cumpra as minhas ordens.
Sidney Paget, cortesia The Camden House
Sidney Paget, cortesia The Camden House
Enquanto falava, a luz das lâmpadas do carro surgiu à curva da avenida. Era um carrinho bonito o que parou diante da Vila Briony. Ao parar, um dos ociosos da esquina avançou para abrir a porta, à espera de receber uma moeda, mas foi empurrado por outro dos vagabundos que correra no mesmo instante, com a mesma intenção. Houve uma luta feroz, engrossada pêlos dois guardas, que apoiaram um dos brigões, e pelo amolador, que resolveu apoiar o outro. Houve uma cacetada, e num instante a dama que descera do carro estava no centro de uma roda de homens que lutavam uns contra os outros a socos e cacetadas. Holmes correu em direção à jovem para protegê-la, mas justamente no instante em que chegou perto dela deu um grito e caiu ao chão, o sangue a escorrer-lhe pela face. A queda foi devida a terem os guardas corrido numa direção e os contendores na outra, enquanto um número de pessoas bem-vestidas que tinham presenciado a luta sem se intrometer se aproximaram para ajudar a senhora e o homem ferido. Irene Adler, como ainda a chamarei, tinha subido correndo os degraus; porém, uma vez lá em cima, com sua figura esbelta em silhueta e contra as luzes do hall, virando-se para a rua, perguntou:
— Está muito ferido o pobre homem?
— Está morto — gritaram vários dos presentes.
— Não, não, ainda está vivo — bradou outro —, mas morrerá antes que possa chegar a um hospital.
— É um homem corajoso — disse uma mulher. — Teriam tirado o relógio e a bolsa da senhora se não fosse ele. Foi um bando de malvados. Ah! Já está respirando?
— Mas ele não pode ficar deitado na rua. Podemos levá-lo para dentro, senhora?
— Certamente. Tragam-no para a sala de estar, onde há um sofá confortável. Por aqui, façam o favor.
Vagarosa e solenemente, levaram-no para dentro da Vila Briony e deitaram-no na sala, num sofá, enquanto eu observava os acontecimentos, do meu lugar perto da janela.
Acenderam-se as lâmpadas, mas as cortinas continuavam abertas, e assim pude ver Holmes deitado no sofá. Não sei se ele teve vergonha da farsa, mas sei que nunca me senti tão envergonhado de mim próprio como quando vi aquela criatura, contra quem conspirávamos, ajudar o homem ferido com tanta graça e bondade. Todavia, era uma traição das piores abandonar Holmes agora. Portanto, endureci meu coração e peguei o foguete que trazia debaixo da capa. Em todo caso, pensei, não queremos prejudicá-la, estamos apenas fazendo o possível para que não prejudique outra pessoa.
Holmes erguera-se no sofá, e vi-o fazer um sinal como se quisesse mais ar. Uma empregada atravessou a sala correndo e abriu a janela. No mesmo instante vi-o levantar a mão e, a este sinal, atirei meu foguete para dentro da sala, com o grito de “fogo!” Mal a palavra saiu dos meus lábios, a multidão de espectadores, os elegantes e os malvestidos — cavalheiros, cocheiros e empregadas — uniram suas vozes num só grito: “Fogo!” Rolos de fumaça ondulavam pela sala e para fora da janela. Vi num relance vultos alarmados correndo, e um momento depois ouvi a voz de Holmes dizendo que era um alarme falso. Esgueirando-me através da multidão que gritava, fui até a esquina da rua, e dez minutos depois alegrei-me ao sentir Holmes pegar no meu braço. Estava aliviado por poder abandonar aquela cena barulhenta. Ele andou depressa e em silêncio por alguns minutos, até que entramos numa das ruas calmas em direção à Edgware Road.
— Fez tudo muito bem feito, doutor — disse-me ele. — Não podia ter sido melhor. Está tudo bem.
— Tem a fotografia?
— Já sei onde está.
— E como a descobriu?
— Ela a mostrou para mim, como eu lhe disse que havia de fazer.
— Não compreendo.
— Não quero fazer mistério — disse ele, rindo. — O caso foi muito simples. Com certeza percebeu que todos os que lá estavam eram cúmplices. Foram todos contratados para a ocasião.
— Calculei isso.
— Então, quando o barulho começou, eu tinha um pouco de tinta vermelha na mão. Corri para a frente e caí, bati no rosto com a mão e transformei-me num pobre ferido. É um truque velho.
— Isso também percebi.
— Levaram-me para dentro. Ela não podia deixar de permitir que o fizessem, não é verdade? E fui para aquela sala onde suspeitei que estava a fotografia. Deitaram-me no sofá, eu pedi ar, abriram a janela, e você teve a sua oportunidade.
— Como é que isso o ajudou?
— Era muito importante. Quando uma mulher pensa que a casa está pegando fogo, instintivamente corre para salvar o objeto mais precioso que possui. É um impulso perfeitamente irresistível, e eu tenho me aproveitado desse fato mais de uma vez. No caso do escândalo de Darlington, foi de grande utilidade, e também me serviu no problema do Castelo de Arnsworth. A mulher casada corre em auxílio do filhinho, a solteira pega a caixa de jóias. Para mim, nossa cliente de hoje não tinha nada que estimasse mais do que aquilo que procuramos. Tentaria salvá-lo. O alarme foi muito bem-feito. A fumaça e os gritos foram suficientes para enervar um cérebro de aço. Ela reagiu magnificamente. A fotografia está num armariozinho atrás de um painel, por cima do cordão da campainha, à direita. Ela chegou lá num instante, e percebi que ia retirá-la. Mas quando gritei que era alarme falso, ela a repôs no armário, olhou para o rojão queimado, saiu da sala e não a vi mais. Levantei-me e, pedindo desculpas, deixei a casa, hesitando ainda sobre se devia procurar obter logo a fotografia, mas o cocheiro tinha entrado e, como me olhava fixamente, pareceu-me melhor esperar. A precipitação poderia arruinar tudo.
— E agora? — perguntei eu.
— Nossa busca está praticamente terminada. Farei uma visita à senhora, na companhia do rei e na sua, se quiser nos acompanhar. Introduzir-nos-ão na sala de estar para aguardarmos a senhora, mas é possível que quando ela entrar não nos encontre, nem à fotografia. Será uma satisfação para Sua Majestade recuperá-la por suas próprias mãos.
— A que horas fará essa visita?
— Às oito da manhã. Ela ainda não terá levantado, e assim teremos o campo livre. Além disso, precisamos não perder tempo, porque este casamento pode modificar completamente a vida dela e os seus hábitos. Vou telegrafar ao rei sem demora.
Sidney Paget, cortesia The Camden House
Sidney Paget, cortesia The Camden House
Chegamos à Baker Street e paramos à porta. Ele procurava a chave no bolso quando alguém que passava disse:
— Boa noite, sr. Sherlock Holmes.
Havia diversas pessoas na calçada no momento, mas o cumprimento parecia ter partido de um rapazinho vestido com uma capa, que passou apressadamente.
— Já ouvi aquela voz — disse Holmes, perscrutando a escuridão da rua. — Quem terá sido?
Leia o texto na íntegra aqui

Perguntas:
1. O plano que você tinha imaginado que Holmes criara se aproximou do plano que ele de fato elaborou?
2. As observações que Holmes tinha feito na primeira visita foram importantes para o plano de agora? Justifique.
3. Releia.
Quatro ou cinco minutos depois abrirão a janela da sala, e você deve colocar-se bem embaixo dela.

Quando gritar “fogo”, várias pessoas repetirão o grito. Então vá até o fim da rua, onde irei ter com você dentro de dez minutos.
  Esgueirando-me através da multidão que gritava, fui até a esquina da rua, e dez minutos depois alegrei-me ao sentir Holmes pegar no meu braço.
  • O que foi destacado em cada trecho? 
  • O Que essa marcação sugere sobre o planejamento de Holmes e a realização de seu plano?

 4. Leia o verbete de dicionário:
Estereótipo : s.m. Comportamento desprovido de originalidade que, faltando adequação à situação presente, se caracteriza pela repetição automática de um modelo anterior, anônimo ou impessoal.
Arte Gráfica. Forma de impressão em que os caracteres estão fixos e estáveis, clichê, matriz.
Que se adapta ao padrão de uma normalidade já fixada.
Padrão estabelecido pelo senso comum (de um pensamento compartilhado) e baseado na ausência de conhecimento sobre o assunto em questão.
Concepção baseada em ideias preconcebidas de algo ou alguém, sem o seu conhecimento real, geralmente de cunho preconceituoso e/ou repleta de afirmações gerais, construída sobre inverdades.
Algo desprovido de originalidade e repleto de clichês. 
(Etm. estereo + tipo) Fonte :Dicio.com

  • Pode-se afirmar que parte do plano de Holmes se apoia em visões estereotipadas sobre a mulher. Localize as passagens em que isso ocorre.
5. Releia.
— Ameaça mandar-lhe a fotografia. E o fará. Sei que o fará. O senhor não a conhece; tem uma alma de aço. O rosto da mais bela das mulheres e a mentalidade dos homens mais resolutos.O alarme foi muito bem-feito. A fumaça e os gritos foram suficientes para enervar um cérebro de aço. Ela reagiu magnificamente.  

  • O que você acha que Holmes parece insinuar ao retomar a mesma  expressão do grão-duque nesse novo contexto?
6. Holmes tem certeza de que o caso está praticamente encerrado. E você, o que acha? Ele conseguirá pegar a fotografia? Por quê?

7. Você já sabe que um bom conto de enigma, como uma boa partida de xadrez, exige atenção e detalhes. O narrador deixou uma pista de que nem tudo está tão sob controle como Holmes imagina. Há algum acontecimento aparentemente solto, que ficou sem explicação no último trecho que você leu?

Fonte: Perguntas retiradas do livro Singular e Plural, Editora Moderna


Atividade 3 : no encalço de Irene


2° Fragmento do texto : Um escândalo na Boêmia



Sidney Paget, cortesia The Camden House
Sidney Paget, cortesia The Camden House
Precisamente às três horas do dia seguinte, estava eu na Baker Street, mas Holmes ainda não tinha voltado. A proprietária informou-me que ele saíra logo depois das oito horas. Sentei-me ao lado do fogo com a intenção de esperá-lo pelo tempo que fosse necessário. Tinha profundo interesse pelo caso, porque, embora isento das circunstâncias desagradáveis e estranhas ligadas aos dois crimes que já mencionei, a natureza do assunto e a posição elevada do seu cliente proporcionavam ao caso uma característica muito especial.
Além de tudo, a forma acertada como meu amigo tratava o assunto fazia com que eu tivesse prazer em estudar seu sistema e seguir os métodos rápidos e sutis com que desenredava os mais intrincados mistérios. Tão habituado estava eu ao seu invariável sucesso, que a mera possibilidade de ele falhar nunca me passou pela cabeça.
Eram quase dezesseis horas quando um empregado de aspecto beberrão, maltrapilho, barbado, com o rosto inchado e as roupas imundas, entrou no apartamento. Embora habituado ao poder maravilhoso que meu amigo tinha de se disfarçar, tive de olhar três vezes antes de ter a certeza de que era ele; com um aceno de cabeça, entrou no quarto, donde emergiu cinco minutos depois, vestido respeitavelmente com o habitual terno de casimira. Enfiando as mãos nos bolsos, estendeu as pernas diante do fogo e desatou a rir por alguns minutos.
— Bem, realmente — exclamou, e depois engasgou-se; riu-se outra vez, até que foi obrigado a encostar-se para trás na cadeira, exausto de tanto rir.
— O que é isso?
— É muito engraçado. Afianço-lhe que nunca poderá adivinhar como passei esta manhã, ou o que acabei de fazer.
— Não posso imaginar, mas suponho que andou espreitando os hábitos e talvez a casa da srta. Irene Adler.
— Certo, mas o resultado foi interessante. Vou lhe contar. Saí de casa pouco depois das oito, hoje de manhã, vestido de cocheiro, à procura de serviço. Há muita simpatia e maçonaria entre os cocheiros. Fingindo ser um deles pode-se saber tudo o que é necessário saber. Encontrei logo a Vila Briony. É uma casinha bijou, com uma horta atrás, mas a frente dá para a rua. Tem fechadura moderna na porta. Ao lado direito fica a vasta sala de estar, bem mobiliada, com janelas grandes que chegam quase ao chão e que qualquer criança poderia abrir com facilidade. Nos fundos não há nada de extraordinário, a não ser que, de cima da cocheira, pode-se chegar à janela do corredor. Dei uma volta ao redor da casa e examinei-a bem, mas sem notar mais nada de interessante. Desci vagarosamente a rua, e reparei, enquanto esperava, que há uma fila de cocheiras numa viela para onde dá um dos muros do jardim. Ajudei os cocheiros a escovar e limpar os cavalos, e recebi de gratificação dois pence, um copo de cerveja, duas pitadas de tabaco e todas as informações de que precisava a respeito da srta. Adler, para não falar de coisas a respeito de meia dúzia de pessoas das vizinhanças que não me interessavam mas cujas biografias fui obrigado a ouvir.
— E com referência a Irene Adler? — perguntei eu.
— Oh! Ela já virou a cabeça de todos os homens que andam por aí. É a pessoa mais refinada deste planeta, segundo dizem todos os empregados das cocheiras da Serpentine. Vive sossegadamente, cantando em concertos, sai a passeio de carro todos os dias às dezessete horas e volta às dezenove em ponto para o jantar. Tem só um visitante masculino, mas suas visitas são freqüentes. Ele é moreno, simpático e arrojado; vai visitá-la uma ou duas vezes por dia. Chama-se Godfrey Norton, e é advogado. Veja como é conveniente ter cocheiros por confidentes. Eles o levaram dúzias de vezes das cocheiras da Serpentine para a casa dele, e sabiam tudo a seu respeito. Depois de ter ouvido o que tinham para contar, comecei a passear outra vez perto da Vila Briony e a maquinar meu plano de campanha.
“Esse Godfrey Norton é, evidentemente, um fator importante no caso. É advogado. Isso é coisa séria. Que relações haverá entre eles? Será ela uma cliente, amiga ou apenas companheira? Se for cliente, deve, muito provavelmente, ter-lhe entregue a fotografia para guardar, mas só nesse caso. Conforme as circunstâncias, eu continuaria o meu trabalho na Vila Briony ou transferiria minha atenção para os alojamentos do cavalheiro. Sinto que o estou cansando com estes detalhes, mas é um ponto delicado, e tenho de expor-lhe minhas dificuldades para que você possa compreender a situação.
— Estou prestando atenção — respondi-lhe.
— Ainda estava cogitando nisso tudo, quando chegou um carro descoberto à residência, e dele saltou um jovem. Era atraente, moreno, nariz aquilino e usava bigode, evidentemente o homem de quem me haviam falado. Parecia estar com muita pressa, pois gritou para o cocheiro que esperasse e passou rapidamente pela empregada que lhe abrira a porta, com ar de pessoa familiarizada na casa.
“Permaneceu lá dentro meia hora, mais ou menos, e pude vê-lo através da janela da sala, andando, gesticulando e falando com grande excitação. Quanto a Irene, não a vi. Daí a pouco ele saiu, parecendo ainda mais apressado, e quando saltou para dentro do carro tirou do bolso um relógio de ouro e olhou-o com atenção.
— Corra como um raio — gritou —, e passe primeiro pela joalheria Gross & Hankey na Regent Street, e depois pela Igreja de Santa Mônica, na Edgware Road. Meia libra se o fizer em vinte minutos.
“Lá se foram, e estava eu pensando se não faria bem em segui-los quando começou a subir a viela uma carruagem vistosa, cujo cocheiro ainda não havia abotoado o paletó. Tinha a gravata torta, e as correias dos animais estavam mal colocadas e não afiveladas. Mal o carro parou, Irene correu da porta da casa para dentro dele. Só pude vê-la um instante, mas é linda, a espécie de mulher por quem um homem dá até a vida.
“— Para a Igreja de Santa Mônica, John — disse ela —, e meia libra se chegar lá em vinte minutos.
“Aquilo era bom demais, e eu não podia perdê-la, Watson; estava indeciso se devia segui-la colocando-me na traseira do mesmo veículo, quando passou outro carro. O cocheiro olhou-me duas vezes antes de me aceitar como passageiro, tão feio e maltrapilho eu estava, mas antes que me pudesse recusar, pulei para dentro e gritei: — Para a Igreja de Santa Mônica, e meia libra se chegar lá em vinte minutos. — Faltavam vinte e cinco minutos para o meio-dia, e era fácil perceber o que ia acontecer.
“Meu cocheiro simplesmente voou, e não me lembro de jamais ter viajado tão depressa, mas mesmo assim os outros já tinham chegado; os cavalos dos dois carros estavam cobertos de suor em frente à porta da igreja. Não havia outras pessoas além daquelas que eu seguira e do vigário, vestido com sua sobrepeliz de eclesiástico e que parecia discutir com eles. Estavam os três juntos em frente ao altar; fui andando vagarosamente pela nave como podia fazer qualquer vadio que tivesse entrado por acaso. De repente, para surpresa minha, os três se viraram para mim e Godfrey Norton veio correndo na minha direção.
“— Graças a Deus! — exclamou ele. — Você servirá. Venha! Venha!
“— Para quê? — perguntei eu.
“— Venha, homem, venha, por três minutos só, do contrário não será legal.
Sidney Paget, cortesia The Camden House
Sidney Paget, cortesia The Camden House
Fui meio empurrado até o altar e, antes de saber o que se passava, percebi que murmurava as frases que me eram proferidas aos ouvidos e prometia coisas que não compreendia. Assistia, praticamente, ao casamento de Irene Adler, solteira, e de Godfrey Norton, solteiro. Acabou-se tudo num instante, e de um lado estava o jovem, agradecendo-me, e de outro a jovem, enquanto o vigário sorria à minha frente. Foi a posição mais absurda em que jamais me achei, e foi a recordação disso tudo o que me fez rir agora. Parece-me que havia qualquer irregularidade quanto à licença de casamento, e que o clérigo se recusava a casá-los caso não houvesse testemunha. Minha chegada naquele momento salvou a desagradável situação de o noivo ter de sair para a rua à procura de uma testemunha. O rapaz deu-me uma libra, que pretendo usar presa à minha corrente de relógio como lembrança do fato.”
— Foi uma reviravolta inesperada nos fatos — disse eu. — Então, e depois?
— Bem, vi que meus planos estavam seriamente ameaçados. Parecia que o casal iria embora imediatamente, e portanto eu precisava agir pronta e energicamente. No entanto, à porta da igreja separaram-se, indo ele para o foro e ela regressando para casa. “Vou passear pelo parque como sempre às dezessete horas”, disse-lhe ela quando ia saindo. Não ouvi mais nada. Foram cada um para o seu lado, e eu vim preparar os meus planos.
— Quais são eles?
— Um pouco de carne fria e um copo de cerveja em primeiro lugar — disse ele, tocando a campainha. — Estive ocupado demais para me lembrar de comer, e é possível que esteja ainda mais ocupado à tarde. A propósito, doutor, vou precisar da sua cooperação.
Leia o texto na íntegra aqui
Perguntas:
1. Como Holmes conseguiu se aproximar da casa de Irene Adler sem ser percebido?
2.Por que possíveis razões ele escolheu os cocheiros para levantar informações sobre Irene?
3. Ao chegar à casa de Irene, Holmes prestou especial atenção em detalhes como portas, fechaduras , janelas.
  •  Essa preoucupação sugere que Holmes tinha intenção de fazer oquê?
  • Que relação poderia haver entre essa intenção e o pedido feito pelo grão-duque ?
4. Que intenções tem o narrador ao detalhar como Holmes riu e ao resgatar suas falas? Que imagem do detetive ele quer criar no leitor?

5. No texto, Holmes afirma que o súbito casamento e a possibilidade de o casal ir "embora imediatamente" ameaçavam seus planos. Por que o casamento poderia representar uma ameaça?

6. Que informação importante Holmes ouviu de Irene e como isso pôde ajudá-lo?

7. Que hipóteses você tem sobre o plano de Holmes? Como Watson poderá colaborar?

Perguntas retiradas do livro Singular e Plural, editora Moderna

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16 de dez. de 2013

Atividade 2: a mulher


1° Fragmento do texto: Um Escândalo na Boêmia

Para Sherlock Holmes, ela é sempre a mulher. Raras vezes o ouvi mencioná-la de outra maneira. Era de opinião que ela eclipsava e se sobrepunha a todas as outras mulheres, e isso não porque estivesse apaixonado por Irene Adler. Todas as emoções, particularmente o amor, aborreciam sua mentalidade admiravelmente equilibrada, fria e severa. Creio mesmo que era a mais perfeita máquina de raciocinar e observar que o mundo jamais viu, mas como namorado ficaria numa posição falsa. Nunca falava das emoções sentimentais, a não ser por brincadeira e com desdém. Achava que era magnífico observá-las nos outros e excelente desculpa para ocultar os motivos e ações humanas. Mas, para um calculista como ele, admitir tais intrusões no seu fino, delicado e tão ajustado temperamento seria como introduzir um fator de perturbação que podia criar dúvidas nas suas conclusões mentais. Um grão de areia num instrumento delicado ou uma lente rachada não se tornariam mais destrutivos do que uma emoção forte numa natureza como a sua. Entretanto, existia apenas uma mulher para ele, e essa mulher era Irene Adler, que lhe excitava o cérebro com dúvidas e indagações diversas. 
Leia o texto na íntegra aqui

Perguntas:


1. Que diferença há entre dizer "uma mulher" e " a mulher" ?



  • Com que possíveis intenções o narrador usa a segunda forma?
2. Que características de Holmes o narrador destaca com a metáfora "a mais perfeita máquina de raciocinar e observar" ?


3. Que metáforas o narrador usa para criar a sensação de que as emoções, especialmente o amor, atrapalhariam o temperamento lógico e racional de Holmes? Você acha que essas metáforas foram boas escolhas para sugerir isso? Por quê?


4. Agora, vamos jogar com as pistas dadas pelo narrador:



  • Holmes é a mais perfeita máquina de raciocinar e de observar.
  • Holmes despreza as emoções e o amor
Que interesse então o narrador nos permite imaginar que Holmes teria em Irene Adler? Arrisque suas hipóteses!

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Metáfora: é a comparação de palavras em que um termo substitui outro. É uma comparação abreviada em que o verbo não está expresso, mas subentendido. Por exemplo, dizer que um amigo "está forte como um touro". Obviamente que ele não se parece fisicamente com o animal, mas está tão forte que faz lembrar um touro, comparando a força entre o animal e o indivíduo. Fonte: Significados

Atividade 1: Conhecendo Sherlock Holmes


Olá alunos, como estão vocês? Esta é a primeira etapa da nossa atividade, trouxe aqui um desafio que será dividido em várias etapas. O Jogo Começou.

Sherlock Holmes é o mais famoso detetive do mundo. Este, foi criado pelo escritor inglês sir Artur Conan Doyle. O detetive ganhou vida própria e ficou mais famoso que seu criador, ou seja, a personagem "engoliu" o autor. Podemos encontrar o Sherlock Holmes e seu fiel amigo em quatro romances e 56 contos divididos em 5 livros.

Um dos mais interessantes sites dedicados a ele está, por sorte, escrito em português. Para saber mais, visite-o: Sherlock Brasil
Não deixe de trazer de lá as seguintes informações:


  1. Quem foi Sherlock Holmes?
  2. Onde viveu?
  3. Por que possíveis razões ele permanece tão vivo no imaginário de leitores?
  4. Quem foi seu amigo fiel?
  5. Que importância essa personagem tem nas histórias de Sherlock Holmes?
  6. Em que época e lugar as histórias de Sherlock Holmes são ambientadas ? Caracterize esse contexto.
  7. O que os violinos têm a ver com a histórias de Holmes?

Uma breve história do conto ao longo dos tempos

[...] Embora o início do contar estória seja impossível de se localizar e permaneça como hipótese que nos leva aos tempos remotíssimos, ainda não marcados pela tradição escrita, há fases de evolução dos modos de se contarem estórias.Para alguns, os contos egípcios - Os contos dos mágicos – são os mais antigos: devem ter aparecido por volta de 4.000 anos antes de Cristo. Enumeraras fases da evolução do conto seria percorrer a nossa própria história, a história de nossa cultura, detectando os momentos da escrita que a representam. [...] [...] se o século XVIII exibe um La Fontaine, exímio no contar fábulas, no século XIX o conto se desenvolve estimulado pelo apego à cultura medieval, pela pesquisa do popular e do folclórico, pela acentuada medieval, pela pesquisa do popular e do folclórico, pela acentuada expansão da imprensa, que permite a publicação dos contos modernos quando, ao lado de um Grimm que registra contos e inicia o seu estudo comparado, um Edgar Allan Poe se firma enquanto contista e teórico do conto. [...] 

 GOTLIB, Nadia Battella. Teoria do conto.11 ed. São Paulo:Atica,2006(fragmento) fonte: Passei Direto